Carta aos amigos e amigas de um amigo extraordinário
“Guarda teu amigo
sob a chave de tua própria vida.”
sob a chave de tua própria vida.”
William Shakespeare
Creio que não exista palavra mais adequada para expressar o que vai nessa amizade que todos temos em comum com esse cara que não tem igual, senão essa mesma: gratidão...
Quem é que o conheceu que não se deixou animar à sua presença forte, marcante, vibrante, cheia da mais repleta alegria?
Quem é que não se contagiou ao seu sorriso aberto e franco, contando mil estórias engraçadas para também nos fazer sorrir, nos fazer esquecer de todas as mazelas que amarguram a vida?
Quem não ouviu dele palavras de estímulo e de esperança quando estávamos perdidos no redemoinho de nossas preocupações?
Quem é que não chorou, desesperado, e depois sorriu, enquanto ele nos ouvia, pacientemente, procurando uma maneira de nos ajudar a resolver cada coisa a seu tempo?
Quem é que encontrou a porta de sua afeição fechada quando o procurou para desabafar ansiedades e problemas?
Quem é que pode afirmar que não se sentia mais próximo do Pai, quando ele como o menor de seus filhos nos tomava as mãos de irmãos pródigos, para que as déssemos a Ele, e voltássemos para a casa outrora perdida?
Quem é que pode dizer que não se sentiu Criança quando ele falava d’Aquele que recebia em seu colo os pequeninos, ávidos por descobrir o Reino de Bem-aventuranças, como só meninos e meninas puros de coração podem encontrar?
Quem é que chegando ao fundo do poço mais lamacento em que nos metíamos, não o teve por perto para ajudar no impulso de subida, ouvindo dele para que confiássemos e perseverássemos nos bons propósitos?
Quantos de nós bebemos de suas palavras cheias de sabedoria simples da vida de quem sofre também, e se sentiu saciado daquela sede de verdadeiro conhecimento que liberta?
Quantos de nós fomos inspirados por ele a sermos pessoas melhores, a buscarmos dentro de nós mesmos aquela fé – mesmo que fosse do tamanho de um grão de mostrada – para que tivéssemos curados o corpo e a alma?
Quantos de nós fomos repartir com ele um pedaço de pão que fosse, quando a necessidade não lhe trouxe à mesa uma refeição que sustentasse o corpo naquele dia?
Quando para não perder a própria dignidade ele abriu mão de quase tudo, quantos de nós abrimos a bolsa para retirar aquele pequeno óbulo que nos faria falta, mas certamente faltava muito mais a ele para recompor a própria vida?
Quando as vozes que nos inquietavam deixaram de azucrinar nossos ouvidos por ajuda dele, quantos de nós não escutamos suas necessidades, silencioso e discreto qual ele era das próprias dores?
Quantos de nós podemos dizer que ele não esteve ali, ao nosso lado e nos ajudou, quando o peso de nossa própria cruz era insuportável, e nos impedia de viver as responsabilidades e deveres no caminho de nosso próprio calvário?
Quantos de nós elevamos uma prece a ele, onde quer que ele estivesse, sorrindo ou chorando, para que Deus o abençoasse em Sua Luz, para que ele vencesse todos os desafios, e reconstruisse a vida como Criança que ele sempre foi?
Quando ele vivia em cada passo de nossos caminhos entrecruzados, por suas palavras e gestos que expressavam aquela frase amorosa do Mestre, de “que não existe Amor maior do que aquele que dá a própria vida aos seus amigos”, quantos de nós podemos dizer que ele não se deu a nós com essa gratuidade de quem não espera nada em troca, mas simplesmente nos amou, porque éramos seus amigos?
Quantos de nós o procuramos para lhe dizer de nossas vitórias e acertos às sugestões que ele dava enérgico, mas sempre bondoso e com atenção, e simplesmente lhe agradecer?
Quem é esse cara que nunca o vimos reclamar de nada?
Quem é esse cara que, de repente, pode estar precisando de todos nós?
Quem é esse cara do qual só temos boas recordações?
Quem é esse cara que nos entregou a chave do coração, porque ele mesmo esteve sempre aberto ao convívio fraterno e solidário?
Quem é esse cara que não vemos mais agigantado em suas expressões aqui ao nosso lado, brincando com a gente, tocando violão e soltando a voz para encher o ar de música que bate dentro do peito?
Quem é esse cara que é feito de carne e osso, que às vezes é forte, que às vezes ficou fraco, mas que sempre foi uma fortaleza quando tudo ao nosso redor desabava?
Onde está esse homem?
Onde foi esse menino?
Onde pula esse macaco?
Quem é esse amigo extraordinário?
Se você sabe quem é esse homem, esse menino, esse macaco, esse extraordinário amigo em sua vida, se você sabe que ele está “guardado sob a chave de sua própria vida”... então, abra o seu peito, tire de lá todo o amor e alegria que você puder conseguir e, por gratidão, diga, afirme, confirme isso a ele, reparta-se, junte-se a ele:
_Meu extraordinário amigo, muito obrigado por tudo o que você repartiu conosco.
Saiba que confiamos em você, e nos unimos em oração, gestos e palavras para que suas vitórias sejam também as nossas.
_Agradecemos a Deus por quem você é, e sempre será pra nós, esse cara extraordinário, esse verdadeiro amigo.
_Somos gratos a você.
Estamos junto contigo, confie nisso, lutaremos juntos!
Conte conosco, para sempre!
_Muito, muito, muito obrigado, Dennis...
Se você sabe quem é esse amigo extraordinário, se ele está guardado em seu coração, diga isso a ele...
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