A procura incessante.. Conflitos Parte 11


Conflitos... Parte 11

A procura incessante
- e por não saber quem nós somos e onde estamos -
se torna desgastante quando nossas idéias se tornam irrelevantes
para aqueles que se dizem, ou se rotulam como mestres da sabedoria.

Sentimentos, tanto de alegria como de sofrimentos,
muitas vezes têm sido nosso alimento
pelo descontentamento por aquilo que estamos vivendo.

Estamos chegando a um período de nossa evolução espiritual
onde percebemos que,
só é reconhecido como tendo valor
quem tem algo para apresentar em sua vida material.

Os que têm pouco são piores dos que têm muito?

Em uma dessas noites, andando pela rua,
observei várias famílias deitadas no chão de uma noite escura.
Pude perceber crianças brincando,
e seus pais se abraçando sobre um espaço
dividido com alguns animais,
no meio do lixo daqueles que vivem na luxúria.

Não quero dizer que não devemos ter do bom e do melhor.
Eu apenas prestei atenção
na ação de seres humanos que vivem em uma situação,pior
e mesmo assim o amor verdadeiro, de um pelo outro, habitava ao seu redor.

Se todos nós tirássemos exemplo disso respeitaríamos mais uns aos outros,
nos ajudando a nós mesmos e ao próximo,
melhorando o convívio no espaço onde vivemos.

Todos os dias acordamos, deixamos para trás as pessoas que amamos,
e vamos à luta para trabalhar, cumprir nossos deveres de seres humanos:

Vai a mãe todos os dias procurando o melhor para educar seu filho.
O envia para uma escola onde promessas de uma boa educação são feitas,
mas em sua maioria não são cumpridas.
Vai o professor que se forma para poder ensinar,
e o que podemos perceber é que,
o que se ensina,
e o como se ensina,
não são também aquelas promessas das épocas de eleições.

Políticos, professores e outros mestres da sabedoria,
fazem promessas de que vão melhorar a vida para todos,
criar novas estruturas, lutar pelo povo.
Promessas...

Pense na falta de atenção que eles dão para aqueles que mais precisam.

Crianças crescendo sem conhecimento de seus próprios direitos,
e não tendo conforto onde dormem,
nem no chão onde os “sábios” pisam passando fome e frio sem nenhum conhecimento.

Nesse mundo tão moderno ainda há seres andando descalços.
Essa é a cara do nosso país!

Um dia, e não há muito tempo atrás isso existiu,
os leprosos partiam para o exílio.
Eram banidos da sociedade.
E, hoje, quem habita nesses lugares que chamamos de “imundos”
são aquelas pessoas menos favorecidas.

Repare que a palavra “i-mundo” quer dizer “não-mundo”.

Essas pessoas não têm um mundo para viver?

Estamos percebendo que essas pessoas estão morrendo:
são terremotos, enchentes e desabamentos.

Quem assiste tudo isso pela TV demonstra certo sentimento,
mas acabamos por não fazer muita coisa pra mudar o que está acontecendo.
Não quero dizer que ajudar na emergência de um desastre natural seja errado.
É preciso ajudar muito mais que isso,
ir muito além de nosso mero dever de cidadão.

Quantos ainda terão que ir morar na rua,
ou morrer pra esta situação se reverter?

Chega de mentira!

Por onde podemos começar?

Mãe,
o melhor que você pode fazer é amar e educar o seu filho,
assim como o pai procura dar o melhor para sua família,
mostrando que, dia após dia,
ele além de trabalhar tem lutado outras lutas para mantê-la viva.

Professor,
reparta do melhor de seu conhecimento
para lutar pelos direitos das crianças na escola.

Políticos,
respeitem o cargo onde vocês representam o povo,
e lutem de verdade pelo povo.

Mestres,
em todos os lugares onde alguma missão lhes chama,
consolem e reergam os que estão caídos pelos lares,
pelos escritórios, pela sociedade toda,
em especial os que estão caídos pelas ruas,
exilados de toda dignidade, de todas as esperanças.

Todos nós,
que não precisamos ter mais do que necessitamos para viver,
vamos repartir com o próximo tudo o que seja possível:
o pão de cada dia que se luta para ganhar,
o guarda roupa cheio de todas as modas que passaram,
a palavra que reanima e conforta,
o gesto que esclarece e edifica,
e tantas outras coisas pequenas e simples,
saídas de nosso coração atencioso
para auxiliar o próximo.

Poder dar do que se tem em excesso é algo muito belo.
Mas, repartir de si mesmo é algo melhor ainda.

Precisamos fazer alguma coisa sobre o que não temos feito.

Devemos olhar pra quem não tem e repartir.
Então, não precisamos esconder nossas idéias.

Ao mesmo tempo, devemos abrir nossos olhos,
e os de quem está no poder.

Devemos nos juntar
e sabendo quem nós somos,
eleger a pessoa certa que nos represente como líder,
que tenha sabedoria,
e que verdadeira e sinceramente faça algo
para melhorar a vida de todos.

O mais importante é conhecer a nós mesmos,
e verificar se não somos como aqueles a quem também julgamos.
Fazendo assim conseguiremos viver melhor no mundo em que habitamos,
e pararemos de sofrer com tantos desenganos.

Um abraço do Macaco


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O Macaco disse: seja original e escreva o seu próprio texto, mas se copiar, cite a fonte:
http://bubakatana.blogspot.com/2011/02/procura-incessante.html

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